Karla
Novo calote é anunciado. Confira o quanto as ações da Americanas pode prejudicar o mercado financeiro.
Neste semana, a Americanas (AMER3) começou a notificar os shoppings onde mantém lojas físicas que os aluguéis atrasados não serão pagos, isso por culpa do efeito de suspensão de cobranças conferido pela recuperação judicial.
Sendo assim, conforme as cifras que constam na lista de credores do processo de recuperação da varejista, entregue à Justiça do Rio de Janeiro, a companhia deve R$ 11,6 milhões aos shoppings espalhados por diversas regiões do Brasil.
Portanto, diante dos cálculos pelo Estadão/Broadcast, mais de 90 credores da Americanas são shopping centers. Assim, valores da lista não estão discriminados pelo tipo de despesas, mas, provavelmente, se referem a aluguéis e condomínios.
Americanas defende que haveria ‘favorecimento’ em caso de pagamento
Pelo exposto, verifica-se que, o comunicado desta semana sobre o não pagamento dos valores em aberto é assinado pelo coordenador jurídico da Americanas, Bernardo Mesquita Costa.
Diante do exposto, para ele, o pagamento do aluguel até o dia 19 de janeiro “implicaria em prática de favorecimento de credor”.
Neste diapasão, o comunicado ainda traz que os créditos anteriores ao pedido de recuperação estão com sua exigibilidade suspensa.
Já em relação aos pagamentos que competência compreende o período de 20 a 31 de janeiro de 2023, os mesmos serão realizados ao longo deste mês.
Lista de shoppings credores
Ademais, verifica-se que, a lista de credores entregue à Justiça, os dez maiores shoppings credores concentram quase 80% das pendências da Americanas com o setor.
Portanto, a maior dívida fica em R$ 2,6 milhões, é com o Shopping Pantanal, de Cuiabá (MT), do grupo Ancar.
Já em segundo lugar vem o shopping Esplanada de Sorocaba (SP), da Iguatemi, cuja pendência da Americanas é de R$ 1,6 milhão.
Também, a pendência de R$ 741 mil com o Shopping Iguatemi de São Paulo, a dívida da Americanas com o grupo soma R$ 2,364 milhões.
Após, vem o shooping do Grupo AD, com R$ 2,103 milhões a haver, referente aos shoppings Penha (R$ 1,170 milhão), ABC (R$ 660 mil) e Praça da Moça em Diadema, São Paulo (R$ 273 mil).
Procurada, a Americanas ficou inerte
“O caso serve de alerta. O setor não pode ficar refém de uma pequena base de varejistas”, disse, durante entrevista coletiva.
Concernente a isso, o presidente da Abrasce diz que está monitorando o caso da Americanas e o impacto potencial sobre o setor.
Por fim, a varejista ocupa um espaço importante nos shoppings. No entanto, não se trata de uma situação generalizada de calote. Ao todo, o Brasil tem 628 shopping centers.
