O Banco Central emitiu um comunicado que gerou grande repercussão entre os brasileiros. O próprio presidente da República, Lula (PT), criticou a instituição. Acontece que o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, tomou uma decisão que vai afetar toda a sociedade, prejudicando, principalmente, a população de baixa renda. De acordo com Neto, existe uma justificativa para ele ter aprovado tal medida.
Decisão do Banco Central
Portanto, trata-se da taxa de juros da economia brasileira. A taxa mais uma vez continuou em 13,75%, um recorde histórico. A última vez que essa taxa esteve tão alta foi em 2016. Várias outras taxas, de créditos, investimentos, etc, definidas com base nela. Uma vez que está alta, o preço do crédito se eleva. E assim, a população deixa de consumir, o que afeta toda a economia.
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Antes de mais nada é importante entender o motivo do embate entre Lula e o Banco Central. O presidente do órgão escolhido pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, o militar mudou as regras do BC, fazendo com que o chefe do Executivo não possa interferir nas decisões tomadas pelo Banco. E uma dessas decisões se refere a taxa básica de juros.
Desde o ano passado, essa taxa é considerada elevada de 13,75%. Em virtude da hiperinflação que assolou o país há algumas décadas, o BC criou um método para controlar o problema. Sempre que os níveis de consumo estão altos, o órgão aumenta a taxa de juros da economia brasileira. Assim, o dinheiro deixa de ficar em circulação e a inflação fica controlada.
Contudo, esta tática gera bastante críticas. De acordo com o presidente Lula, influencia na concentração de renda. Vale salientar que a taxa de juros é usada para definir o rendimento de títulos públicos. Quanto maior a taxa do Banco Central, mais a União deverá pagar para os investidores. Ou seja, existe o risco do Governo Federal arcar com despesas da dívida pública, em um momento em que o país precisa fazer cortes no orçamento.
Consumismo da população
Outro ponto que deve ser levado em consideração é o consumo. A população vai deixar de consumir, uma vez que a taxa interfere no valor dos créditos. Os bancos se baseiam nela, para definir taxas de financiamentos, cartões de crédito, empréstimos pessoais, entre outros. Com menos pessoas consumindo, a tendência é uma piora da economia, de acordo com críticos do Banco Central. Existe uma pressão para que o Banco Central diminua a taxa de juros.
Além da alta cúpula do Executivo Federal, empresários criticam a posição de Campos Neto. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Márcio de Lima Leite, se manifestou contrário à medida.