Rita Serrano, presidente da Caixa, disse que o banco não irá seguir as novas regras de empréstimo consignado para o Bolsa Família (antigo Auxílio Brasil) estabelecidas pelo governo Lula. Veja posição sobre consignado do Bolsa Família.
As mudanças incluem um limite máximo de 5% para desconto no benefício das famílias, uma redução no número máximo de parcelas e na taxa de juros.
Quando o programa teve início, em outubro de 2022, a Caixa passou a oferecer empréstimos consignados Auxílio Brasil com taxa de juros mensal de 3,45%.
Com isso, a dívida quitada em até 24 meses, a maior parcela corresponde a 40% do valor do benefício.
Entenda posição acerca do consignado do Bolsa Família
Os novos regulamentos, divulgados no início deste mês, determinam que o número máximo de pagamentos pode ser apenas 6 e o valor de cada pagamento não pode exceder 5% do valor total do Bolsa Família. Além disso, a taxa de juros mensal máxima é de 2,5%.
No entanto, as novas regras são aplicáveis aos beneficiários que, até 9 de fevereiro, data da publicação da portaria, não haviam contratado crédito consignado.
O presidente da Caixa Econômica Federal, afirmou que o banco já antecipou a existência de inadimplência devido a saída de beneficiários do programa, o presidente disse que o governo faria uma revisão do Cadastro Único e com isso alguns beneficiários deixaria o programa. Com base na investigação do registro, haverá uma certa quantidade de inadimplência. No entanto, esse cenário já incorporado ao cálculo dos juros, explica ela.
Em relação à aprovação de crédito, Serrano disse que a maior atenção será dada às micro e pequenas empresas. “Grandes empresas têm opções de crédito que não fazem parte da Caixa, enquanto empresas menores têm menos alternativas.” Esta foi a declaração do presidente do banco.
Juros altos
Entenda mais sobre consignado do Bolsa Família de fato.
A presidente da Caixa, Rita Serrano, criticou a atual taxa básica de juros (Selic), que se encontra em 13,75%, e afirmou que a instituição deve seguir uma política anticíclica para estimular o consumo. Embora a concorrência seja válida dentro dessa política, serão seguidas as regras de governança e precificação para não prejudicar o banco.
Por outro lado, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, tem criticado o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por manter a taxa básica em um patamar elevado, o que, segundo ele, prejudica a economia do país. Essas críticas constantes têm deteriorado a avaliação positiva do mercado financeiro sobre a relação entre Lula e Campos Neto.