Claudio Amaro
Empresários e analistas do mercado financeiro, avaliam com cautela declarações recentes de Lula. Em especifico sobre temas relacionados à economia. Há ruído sobre falas recentes do lulistas, e ações concretas do governo. Discrepâncias entre discursos de Lula sobre economia, e economia mesma. Ou seja, Lula já afirmou que o BNDES voltará bancar obras em países vizinhos. Sendo assim, presidente sugere mudanças na meta de inflação. Isso dos 3,25% em 2023. Com intervalo de 1,5 ponto percentual. Define como “bobagem” tese de que o Banco Central independente, se faz capaz de “fazer mais” do que quando não havia mandatos definidos e aprovados pelo senado. Ou seja para o comando da autarquia.
Por outro lado, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco, Ricardo Essinger, afirma esperar que governo lulistas, use o “bom senso” nas decisões. Ou seja, “Às vezes, determinadas declarações são ditas e as coisas não acontecem. Vamos ver o que vai sair de decreto, o que será operacionalizado. Às vezes, são balão de ensaio.”. Para além das falas entre discursos de Lula sobre economia, e economia mesma; “Nós temos uma pauta grande da indústria e esperamos que o novo ministério [em referência ao MDIC] tenha condições de implementar essa pauta para que a indústria brasileira progrida porque é a forma de o país se desenvolver.”. Em suma, ex-secretário da fazenda de São Paulo, economista-chefe da Warren Renascença, Felipe Salto, entende que posição do presidente Lula sobre Banco Central, faz parte de retórica ensaiada apenas no espelho.
Será falas de Lula sobre economia apenas retórica ensaiada no espelho?
O, “Há que separar as falas mais políticas das decisões e sinalizações de política econômica. O próprio presidente do Banco Central, corretamente, entendeu a fala do presidente como um reforço à não interferência no BC. Vale dizer, a política monetária guia-se por metas de inflação fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. Nada impede que sejam ali discutidas. Não vejo motivo para alarme hoje.”. Discrepâncias entre discursos de Lula sobre economia, e economia mesma? Assim sendo, Salto afirma que há “incompreensão” na fala de Lula sobre a moeda comum entre Brasil e Argentina para o comércio. Enfim, “Sobre a tal moeda, vejo mais como uma iniciativa de ampliar a integração em contexto de fraqueza do peso argentino do que qualquer outra coisa. Há muita incompreensão na matéria, é muita gente falando bobagem.”.
Paulo Guimarães, presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços; interpreta que declarações dessa natureza “espantam os investidores”. Ou seja, “O investidor gosta de um ambiente previsível, ponderado e de certa independência econômica. Os países se desenvolvem bastante à medida que a economia consegue se desvincular da política.”. Dessa forma, Guimarães, no entanto, observa que o setor privado “entende que muitas falas são feitas no calor do momento.”. Enfim, que há temas que não dependem apenas de Lula. E que discrepâncias entre discursos de Lula sobre economia, e economia mesma; apontam tais interpretações.
