O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) é considerado uma prévia da inflação oficial do Brasil e tem como objetivo medir a variação de preços de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias.
Em abril deste ano, o índice apresentou uma variação de 0,57%, desacelerando em relação ao mês anterior, quando havia registrado uma variação de 0,69%.
Apesar da desaceleração, a inflação ainda preocupa, principalmente quando analisamos a variação acumulada pelo IPCA-15 nos últimos 12 meses, que desacelerou de 5,36% para 4,16%.
Vale destacar que a taxa ainda está acima da meta central definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2023, de 3,25%.
IPCA-15 desacelera em abril, mas inflação ainda preocupa
O resultado do IPCA-15 em abril ficou levemente abaixo do esperado pelos analistas do mercado financeiro, que previam uma inflação de 0,61%.
Há uma explicação, em parte, pela queda nos preços dos alimentos e bebidas, que haviam sido os principais responsáveis pela alta da inflação nos últimos meses.
Por outro lado, os preços dos combustíveis continuam subindo e impactando a inflação. Em abril, a gasolina subiu 1,64%, enquanto o etanol aumentou 4,93%.
Além disso, os preços dos serviços também apresentaram alta, o que pode ser um reflexo da retomada da economia e do aumento da demanda por esses serviços.
Diante desse cenário, o Banco Central tem adotado medidas para controlar a inflação e manter a meta estabelecida pelo CMN.
Em março, a taxa básica de juros (Selic) subiu para 2,75% ao ano e, em abril, houve um novo aumento, para 3,50% ao ano.
A expectativa é que a Selic continue subindo nos próximos meses, como forma de conter a inflação.
De um modo geral, é importante ressaltar que a desaceleração do IPCA-15 em abril é um sinal positivo, mas ainda é cedo para afirmar que a inflação está sob controle.
A economia brasileira ainda enfrenta muitos desafios, como o alto nível de desemprego e a crise sanitária causada pela pandemia de Covid-19, que podem afetar o comportamento dos preços no futuro.
Por isso, é fundamental que o governo e o Banco Central continuem monitorando a situação e adotando medidas para garantir a estabilidade econômica e o bem-estar da população.