Samuel
Em meio a uma conjuntura política complexa, o presidente Lula (PT) conquistou a aprovação de 41% dos brasileiros após pouco mais de três meses. Segundo pesquisa Ipec divulgada pelo jornal O Globo no domingo (19), outros 24% consideram sua administração ruim ou péssima, enquanto 30% avaliam como regular.
Base do presidente Lula
Entre os eleitores que compõem a base do presidente, a maior taxa de aprovação se concentra entre os moradores do Nordeste. Pelos quais foram uma parcela significativa do eleitorado que garantiu a vitória de Lula nas eleições de 2022. Além de possuírem baixa escolaridade e renda de até um salário mínimo.
Essa faixa da população tem sido o foco do início do terceiro mandato de Lula, com a aprovação da PEC da Transição que garantiu Bolsa Família de R$ 600 mais um adicional de R$ 150 para crianças de até seis anos e a retomada do programa Minha Casa Minha Vida para a faixa 1, destinada a pessoas com rendimento mensal de até R$ 2.640.
Já entre aqueles que reprovam a atual administração, estão os brasileiros com renda acima de cinco salários que habitam as regiões Norte e Centro-Oeste. Onde o agronegócio impulsiona a atividade econômica. Além disso, o presidente enfrenta resistência entre os evangélicos, que constituíram grande parte da base eleitoral bolsonarista.
Regiões favoráveis ao presidente
No Sudeste, onde vive a maioria dos brasileiros, Lula teve 36% de opiniões favoráveis em relação ao seu governo, contra 21% de percepção contrária. O jogo político na região é acirrado e envolve a influência de figuras da oposição, como os governadores de Minas Gerais e São Paulo. Sendo que publicamente se mostram abertos ao diálogo com o governo federal, além do prefeito do Rio de Janeiro e do governador do Espírito Santo.
Com a aprovação de sua administração em 57% da população, Lula tem trabalhado para manter o apoio de seus eleitores e atrair novos aliados em meio ao cenário de crise econômica e sanitária que o país enfrenta.
Sendo assim, além de investir em políticas sociais para as camadas mais pobres da população, o governo tem buscado a aprovação de medidas que visam impulsionar a economia e reduzir o desemprego, como a reforma administrativa e a reforma tributária.
No entanto, Lula também enfrenta desafios, como a pressão de setores da economia e da sociedade civil que criticam sua política de aumento do gasto público e o temor de que o país volte a enfrentar problemas fiscais. Além disso, o presidente precisa lidar com a polarização política que divide o país e ameaça a estabilidade institucional.
Por fim, diante desse cenário, a habilidade política de Lula e sua capacidade de dialogar com diferentes setores da sociedade serão fundamentais em seu governo.
