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Com a perspectiva de mudanças e novas regras no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), as construtoras de baixa renda listadas na Bolsa poderão retomar ou manter suas margens atrativas. O programa teve grande importância para as companhias nesse nicho e os executivos das empresas MRV (MRVE3), Direcional (DIRR3) e Tenda (TEND3) têm esperanças positivas quanto ao novo modelo a ser apresentado.
O MCMV, que já chegou a ser uma grande fonte de receita para essas companhias, perdeu força nos últimos governos. Portanto, os líderes das empresas esperam a redefinição dos subsídios e a mudança nos parâmetros do programa como o “vento de cauda na recuperação operacional da companhia”, de acordo com Rafael Menin, co-CEO da MRV. Para Eduardo Fischer, também co-CEO da MRV, acredita em novidades em relação ao MCMV ainda neste mês fisico, e Rodrigo Osmo, CEO da Tenda, prevê a apresentação das mudanças em junho.
Quais são as possíveis mudanças no MCMV para as construtoras?
Em relatório, o Santander se mostrou otimista com relação às possíveis mudanças, afirmando que o novo modelo de MCMV poderá ampliar as margens. O governo já anunciou os novos membros do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço do FGTS, o que deverá agilizar a apresentação de propostas. Há expectativa de que um pacote de medidas seja votado na próxima reunião do conselho, em 7 de junho. Essas medidas podem acelerar os índices de vendas e permitir que as margens brutas das empresas se aproximem ainda mais dos níveis pré-pandemia.
E o que preocupa as construtoras?
Um dos pontos de preocupação das construtoras é uma possível mudança no índice de remuneração do FGTS, que afetaria contratos habitacionais no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida. A discussão ocorre no Supremo Tribunal Federal (STF) e pode impactar negativamente as construtoras. Ricardo Gontijo, CEO da Direcional, afirma que uma mudança na correção do índice de reajuste impactaria de forma relevante os mutuários de baixa renda do MCMV.
O governo e o setor estão alinhados?
A vontade do governo em retomar a importância do MCMV para as construtoras e para as famílias de baixa renda parece bem alinhada com as demandas do setor. Os CEOs das construtoras, como MRV e Tenda, percebem a agenda política do governo como favorável e esperam medidas benéficas para suas empresas e para os beneficiados pelo programa. De acordo com Rodrigo Osmo, CEO da Tenda, “a vontade política do governo é gigantesca com relação ao Minha Casa Minha Vida”.
