Vanessa Ramos
Na última semana, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) informou que empresas que serão taxadas pelo Governo Federal não repassarão os impostos para o consumidor final. A princípio, o chefe da pasta econômica deu esta declaração após ter um encontro com representantes da empresa chinesa Shein.
“A Shopee já tinha endereçado uma carta ao governo dizendo que ia aderir ao plano de conformidade. A AliExpress também já tinha feito reunião com o secretário executivo. Faltava o aceno de quem fez o aceno hoje de que respeita a soberania brasileira. Sobretudo, respeita as leis brasileiras e oferecendo condições da gente regulamentar de forma adequada a ponto de ninguém sair prejudicado“, disse o Ministro.
“Eu tenho ainda uma reunião com os governadores, porque eles também estão sendo afetados pela perda de arrecadação, e isso prejudica as finanças estaduais. Não estou aqui defendendo só o interesse do Governo Federal. Eu estou defendendo o interesse do estado brasileiro“, seguiu o Haddad.
“Os princípios já estão estabelecidos. Qual é o princípio? Jogo justo. Fair Play. Ninguém leva vantagem sobre ninguém. A concorrência só é boa quando todo mundo tá em igualdade de condições. Aí ganha a venda quem tiver o melhor produto e quem tiver o melhor preço. Então é o que nós queremos para preservar o direito do consumidor ao acesso aos bens de consumo.”
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que as empresas que serão taxadas pelo Governo Federal não repassarão os impostos para o consumidor final. Definido, após um encontro com representantes da empresa chinesa Shein.
No entanto, não foi explicado como essa cobrança não afetará o consumidor. Embora essa posição tenha sido defendida pela primeira-dama Janja Silva na última semana, ela foi alvo de críticas por economistas que lembraram que, de uma forma ou de outra, o produto acabará ficando mais caro para o consumidor.
Empresas pretendem gerar empregos
Durante o encontro entre o ministro da Fazenda e Shein, a empresa chinesa teria prometido trazer parte de sua produção para o Brasil. A empresa também disse que poderia criar mais de 100.000 novos empregos no país.
“Hoje nós tivemos uma reunião a pedido da Shein, que veio nos anunciar duas coisas muito importantes. Eles vão aderir ao plano de conformidade da Receita Federal. Estão dispostos a fazer aquilo que for necessário, com outros portais e todo o comércio eletrônico. Assim, para normalizar as relações com o Ministério da Fazenda”, afirmou Haddad.
“Em segundo lugar, eles pretendem, em quatro anos, nacionalizar 85% das suas vendas. Os produtos serão feitos no Brasil. Dessa forma, eles próprios vão dar os números de investimento e geração de oportunidades no mercado brasileiro. Sobretudo, é uma coisa para nós muito importante que eles vejam o Brasil não apenas como mercado consumidor, mas como uma economia de produção”, prosseguiu o Ministro.
Taxação de impostos na Shein
Após retornar de uma viagem à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou ao Ministro Fernando Haddad que abandonasse a proposta de eliminar a isenção de impostos para importados de até US$ 50 em transações entre pessoas físicas.
Embora Haddad tenha acatado o pedido, ele continua buscando outras alternativas para garantir que empresas como Shein, Shopee e AliExpress cumpram com as obrigações fiscais previstas na legislação brasileira.
Recentemente, o tema gerou grande debate nas redes sociais. De fato, com alguns criticando a ideia de eliminar a isenção de impostos e outros preocupados com um possível aumento nos preços dos produtos importados. É provável que a controvérsia em torno desse assunto ainda tenha novos desdobramentos no futuro.
