Vanessa Ramos
Atualmente, há um grande número de brasileiros que optam por alugar imóveis, uma vez que adquirir uma casa própria é uma tarefa difícil para muitas pessoas. Isso se deve à necessidade de ter o dinheiro para a entrada e de arcar com as prestações, além de depender da aprovação do financiamento imobiliário pelo banco. Nos últimos meses, o custo de comprar uma propriedade ficou ainda mais elevado do que o habitual.
No entanto, essa realidade não se aplica aos brasileiros que vivem de aluguel. Esse serviço experimentou duas quedas consecutivas nos últimos 12 meses. Embora pareça uma boa notícia, as mudanças nos valores não afetam muito os contratos já estabelecidos.
No entanto, especialistas afirmam que isso pode ser uma oportunidade para aqueles que desejam assinar novos contratos. Continue lendo para saber mais sobre os preços dos aluguéis no país.
Boa notícia para os brasileiros que vivem de aluguel
Antes de tudo, é importante destacar que os brasileiros que alugam imóveis devem respeitar as cláusulas contratuais. Isso implica que, anualmente, eles precisam lidar com um reajuste no valor do aluguel. Por muito tempo, esse reajuste era determinado pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que mede o aumento dos aluguéis no país.
No entanto, desde a pandemia, o reajuste tem sido baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação geral do país.
Acontece que o IGP-M registrou uma queda pela segunda vez consecutiva, o que significa que o valor dos aluguéis diminuiu. No entanto, como o reajuste é feito com base no INPC, os contratos de aluguel já firmados não serão afetados por essa queda. Em outras palavras, os inquilinos terão que lidar com o aumento no valor do serviço. Vale ressaltar que existem exceções quando as cláusulas contratuais estabelecem o reajuste com base no IGP-M.
Nessa situação, o inquilino pode solicitar uma redução no valor do aluguel. Caso contrário, continuará pagando o mesmo valor. Outro ponto a ser mencionado é que essa queda pode beneficiar os futuros inquilinos. Pessoas que ainda não assinaram contratos podem encontrar valores menores para o serviço.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), essa é a segunda queda consecutiva. Em abril, os brasileiros que alugam imóveis se depararam com uma queda de 0,94% no IGP-M. Na última terça-feira (30), a FGV divulgou que a queda em maio foi de 1,84%. Nos últimos 12 meses, o índice registrou uma redução de 4,77%, de acordo com a Fundação.
Por que a queda não afeta o valor do meu aluguel?
Os brasileiros que alugam imóveis continuarão pagando o mesmo valor, apesar das duas quedas consecutivas. Durante a pandemia, muitos especialistas do setor imobiliário passaram a estabelecer contratos de aluguel com reajuste baseado na inflação. Essa medida foi considerada mais segura na época.
Mesmo os contratos indexados ao IGP-M podem levar tempo para diminuir o valor. Afinal, o processo é burocrático e o proprietário do imóvel pode não aceitar a proposta.
