Claudio Amaro
Tem quem não se acostume com cybers mundos; com joysticks por todos os lados. Porém, por outro lado gêmeo da mesma história futurística contemporânea… Estão conectados às redes. Disseminando em transmissões online, toda indignação pelo mundo conectado. Não deviam escrever carta? Dizendo que juventude atual não valoriza o que há de mais valoroso? Ou seja, modo de viver dos mais vividos. Seja como for. Que cada qual viva nos conformes que lhes potencializam. Enfim… Sem mais demandas. Polêmicas em torno dos eSports. eSports é entretenimento?
Assim sendo, ao dizer que eSports é apenas entretenimento. E não esporte, Ana Moser causou enorme indignação na comunidade gamer. O maior streamer do mundo, Gaules foi um dos que se pronunciaram. Ou seja, se posicionou anunciando uma “live do entretenimento”. Nessa live, disse que setor “não precisa dessa galera para dizer se é esporte ou não”. Em suma, disseminando que eSports não precisam de regulação. Nem nada do tipo; para serem entendidos como esporte pelo público. É até mesmo para que afirmem que eSports é entretenimento.
Pois dessa forma, assim como várias perspectivas contemporâneas. Pra que se preocupar com rótulos? Quando tudo o que se faz entendido como entretenimento, ou cultura. Ou tecnologia, ou indústria cultural. Ou tudo ao mesmo tempo. Como já são eSports. Pois foi por entender que eSports é entretenimento, que o Banco do Brasil, por exemplo, investe bastante patrocinando o setor. Assim sendo, relatório de administração do banco diz que, “Os jogos eletrônicos representam hoje a maior indústria de entretenimento e o Brasil é o terceiro maior público desse segmento no mundo.”.
eSports é entretenimento?
Por outro lado gêmeo da mesma história futurística contemporânea, quando o BB entendeu que eSports é entretenimento, se disponibilizou à investir em marcas fortes do setor. Patrocinando até mesmo o próprio Gaules. Além de campeonatos; que receberam aportes dignos de grandes shows. Por outro lado, se interpretados como esporte, os eSports têm quem sabe mais percas, do que ganhos. Pois o ministério do esporte, é um dos mais fracos em incentivo da esplanada. Com orçamento dos apenas R$ 190 milhões. Bolsa Atleta não tem reajuste há mais de uma década. Além dos patrocínios estarem cada vez mais escassos. Justamente por esportes tradicionais, já não entreterem.
Em suma, erguendo bandeira apenas esportiva, ao invés de se permitir estar onde está, no máximo conseguem inclusão nos Jogos Olímpicos. Assim sendo, no skate encontramos exemplo válido. Street League tem estrutura e premiações constantes. Já Jogos Olímpicos? E se desenvolvedoras dos games, entregarem regulação das competições; para federação internacional. Abrindo mão, do dinheiro envolvido nessas competições? eSports é entretenimento? Se é, ou não… Tem patrocínio estatal, muitas facilidades tributárias, acesso às leis de incentivo… E entreter não é o que vôlei nas manhãs de domingo era?
