Vanessa Ramos
Não é segredo para ninguém que muitos brasileiros ainda enfrentam dificuldades financeiras decorrentes da pandemia. No entanto, o que muitas pessoas talvez não estejam cientes é que o mercado de trabalho parece estar se recuperando, e muitos estão conseguindo empregos formais.
Isso tem relevância para o programa Bolsa Família? Sim, tem muita relevância na sua nova reformulação! Vamos explicar exatamente por que algumas pessoas estão sendo incluídas em um grupo que receberá metade do valor do benefício por cerca de dois anos e conhecer as regras para evitar surpresas desagradáveis.
Beneficiários receberão metade do valor do Bolsa Família
Antes de entrar em pânico, é importante entender que o Governo Federal não está cortando os benefícios. O valor mínimo de R$ 600 do Bolsa Família está protegido por lei, e todas as pessoas que atendem aos critérios específicos continuarão recebendo normalmente, incluindo os adicionais.
No entanto, há pessoas que passarão a receber metade do valor que normalmente recebiam pelo programa, devido a uma nova regra que, surpreendentemente, visa proteger os beneficiários.
Como funciona a regra de proteção do Bolsa Família?
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) implementou essa novidade que pode trazer maior segurança para quem depende do programa.
Conforme explicado pelo próprio MDS, a regra de proteção garante que as famílias nas quais um membro da residência encontra emprego e melhora sua renda não sejam abruptamente excluídas do programa. A ideia é que sejam feitos pagamentos correspondentes a 50% do benefício ao qual teriam direito por até dois anos.
No entanto, para que esses pagamentos continuem, é necessário que cada membro da família não ultrapasse o limite de meio salário mínimo de renda. Em outras palavras, se alguém consegue um emprego que aumenta substancialmente a renda da família, eles deixam de ser elegíveis para o programa.
Quem vai receber metade do Bolsa Família em setembro?
Em resumo, aqueles que continuarão a receber o Bolsa Família mesmo após conseguir um emprego na família são os cadastros com renda de até R$ 660.
Como mencionado anteriormente, esse valor se aplica a cada membro da família, independentemente de sua idade. Ao calcular a renda, leva-se em consideração apenas a remuneração recebida pelos membros da família, sem incluir o próprio benefício do Bolsa Família.
Um exemplo citado pela revista Exame esclarece isso:
Se uma família com cinco pessoas recebe o benefício e duas delas conseguem empregos que pagam um salário mínimo cada (enquanto as outras não têm renda), o total da renda familiar seria de R$ 2.640. Dividindo esse valor por cinco, obtemos R$ 528, o que significa que essa família se enquadra na regra de proteção e continuará recebendo R$ 660 por até dois anos.
É importante destacar que é fundamental informar qualquer atualização desse tipo no Cadastro Único (CadÚnico). Portanto, se houver novos empregos na sua família, é necessário notificar e atualizar o sistema para garantir que você receba o valor correto.
