No dia 1 de janeiro de 2023, o Cacique Raoni foi um dos destaques na posse presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva.
O líder indígena subiu a rampa ao lado do presidente, tornando-se assim o primeiro cacique a ter essa honra.
Raoni é um líder indígena brasileiro, conhecido mundialmente por sua luta pelos direitos dos povos indígenas e pela preservação do meio ambiente.
Ele nasceu na aldeia de Roraima, localizada na região Norte do Brasil, e é membro da tribo Kayapó.
Raoni liderou movimentos contra a destruição de terras indígenas e a criação de grandes hidrelétricas, como a de Belo Monte, no rio Xingu, e a de Jirau, no rio Madeira.
Ele também lutou para que os povos indígenas tivessem direitos e vozes na sociedade brasileira, sendo muitas vezes o porta-voz de seu povo.
Além disso, Raoni teve um papel importante na luta contra a Covid-19. Ele usou sua voz e influência para alertar os indígenas sobre os perigos da doença e incentivou-os a tomar medidas de prevenção.
Raoni também foi reconhecido internacionalmente por sua luta. Em 1992, foi indicado ao prêmio Nobel da Paz. Ele também recebeu diversos prêmios e homenagens por sua luta por direitos humanos e preservação ambiental.
Ao subir a rampa ao lado de Lula na posse presidencial, Raoni se tornou o primeiro cacique a ter a honra de participar deste momento.
Essa foi mais uma prova de que sua luta não foi em vão e que ele conseguiu inspirar e motivar muitas pessoas a lutar pelos direitos humanos e pela preservação do meio ambiente.
Popularidade internacional do Cacique Raoni
Primeiramente, a fama internacional do Cacique Raoni se deu por um encontro com o cineasta belga Jean-Pierre Dutilleux.
Os dois se conheceram em 1973, e anos depois o cineasta fez um documentário sobre o aborígine e seu povo.
A versão em inglês do filme “Raoni” possui narração do ator americano Marlon Brando.
Teve indicação ao Oscar e exibição no Festival de Cinema de Cannes. No Brasil, ganhou o Prêmio Gramado de Melhor Filme.
Na década de 80, Dutilleux fez com que Raoni conhecesse Sting, famoso cantor britânico.
Anos antes de marchas climáticas e conferências ambientais globais se tornarem comuns, a dupla viajou pelo mundo pedindo apoio à proteção das florestas e dos direitos dos povos indígenas.
Era uma época de rápida expansão do agronegócio e da mineração na Amazônia, favorecida pelos grandes projetos e políticas da ditadura militar (1964-1985).
No norte do Mato Grosso, as únicas áreas florestais designadas como terras indígenas ou áreas de proteção ambiental não se tornarão fazendas.
Nesses anos, mais e mais garimpeiros começaram a chegar à terra dos Kayapó – e desde então não saíram mais.
Aliás, hoje, eles contam com o apoio de algumas lideranças do grupo, que recebem dinheiro dos garimpeiros em troca de licenças para operar na área. Esta atividade é ilegal.