Indicado para a presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o jornalista Hélio Doyle, de 72 anos, Hélio Doyle diz: “Governo Dilma sofreu Golpe” em 2016.
“Se depender de mim, vai continuar falando que foi golpe. Gostem ou não gostem. Agora, a linha editorial da empresa, a gente tem que discutir melhor. Estou falando de caráter pessoal. Nós teremos que discutir melhor com a diretoria. Para mim, foi golpe”.
Assi, disse Doyle, em entrevista.
O que é EBC e qual o seu papel no país
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) é uma empresa pública federal brasileira responsável por fornecer informação, entretenimento e serviços de comunicação ao público brasileiro.
Fundada em 2007, a EBC tem como missão promover a democratização da informação, garantir a pluralidade de vozes e a diversidade cultural e fornecer informações independentes, imparciais e acessíveis a todos.
A EBC oferece uma ampla gama de serviços de comunicação, incluindo televisão, rádio, jornalismo online e produção de conteúdo audiovisual.
Além disso, a empresa também tem uma importante função de preservar e difundir a cultura brasileira, além de promover o desenvolvimento social e econômico do país. Financia-se a EBC com orçamento federal. E tem-se uma estrutura descentralizada, com unidades em todos os estados brasileiros.
EBC sob nova direção
Em 26 de janeiro, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, anunciou alguns nomes da nova diretoria da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), por meio das redes sociais. No comunicado, o ministro afirmou que convidou Hélio Doyle para a presidência da estatal, porém, ainda está nomeado como assessor da empresa.
O jornalista afirmou que não tem planos para a rede, mas que o objetivo é reconstruir a empresa.
“A gente quer recuperar a EBC, porque ela foi desmantelada e perdeu diversas de suas características essenciais, como a de ser um canal de serviço público. Tentaram levar a EBC para um lado de máquina de propaganda governamental. Queremos recuperar esse sentido de comunicação pública”.
Por fim, Doyler acrescentou.
Impeachment de Dilma até hoje é lembrado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, correligionário de Dilma, reafirma o termo com frequência. Durante viagem à Argentina em janeiro, por exemplo, ele voltou a repetir que o impeachment foi um “golpe de Estado”.
Políticos e partidos que apoiaram o afastamento de Dilma criticaram o termo usado. O PSDB chegou a ingressar com uma ação na Justiça Federal.
Para que as páginas do governo federal retirassem do ar textos que utilizam a expressão “golpe” ao se referir ao impeachment da ex-presidente petista.
Michel Temer, que assumiu a Presidência da República após o afastamento de Dilma. Também rebateu o uso do termo e disse que o impeachment da petista resultou-se da aplicação da “pena prevista para quem infringe a Constituição”.