Imposto de Renda é um tributo que incide sobre todos os trabalhadores pessoas físicas e jurídicas que obtêm ganhos acima de determinado valor anual.
É uma das principais fontes de arrecadação do Governo Federal e representa uma parte significativa da carga tributária brasileira.
Contudo, as discussões sobre a isenção do Imposto de Renda para as camadas mais pobres da população têm sido recorrentes ao longo dos anos.
Com a pandemia do novo coronavírus e seus efeitos na economia do país, o assunto ganhou ainda mais destaque.
Em meio a esse contexto, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que irá mexer na tabela de isenção do Imposto de Renda ainda este ano, com o objetivo de aumentar a isenção para as faixas mais pobres da população.
Qual mudança Lula quer fazer no Imposto de Renda?
Segundo informações do Governo Federal, a ideia é isentar todos os trabalhadores que ganham até R$ 2.112. Atualmente, o patamar de isenção vai apenas até R$ 1.903,98.
Isso significa que um grande número de trabalhadores deve ser beneficiado pela medida, que representa um aumento de cerca de R$ 200 na faixa de isenção.
Além disso, o Governo também anunciou a criação de uma dedução simplificada de R$ 528.
Essa dedução será aplicável a todas as faixas de renda, e tem como objetivo facilitar o cálculo do Imposto de Renda para os contribuintes.
É importante destacar que essas mudanças não são profundas e não representam uma reforma tributária, que seria necessária para mudar de forma significativa a forma como o imposto é cobrado no país.
Porém, a medida deve beneficiar principalmente as camadas mais pobres da população, que são as que mais sofrem com a carga tributária.
Os efeitos da medida devem ser positivos tanto para as famílias que obteve o benefício quanto para a economia do país como um todo.
Segundo economistas, o aumento da isenção do Imposto de Renda deve tirar cerca de três milhões de pessoas da extrema pobreza e gerar um impacto positivo de cerca de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Isso porque, ao aumentar a renda disponível das famílias mais pobres, a medida deve estimular o consumo e, consequentemente, a produção e o crescimento econômico.
Além disso, a redução da carga tributária para as camadas mais pobres da população pode ajudar a reduzir as desigualdades sociais e econômicas do país.