À medida que a tecnologia avança, muitos criminosos aprimoram suas habilidades para aplicar golpes, especialmente contra pessoas com menos conhecimento tecnológico, como os idosos. Diante desse cenário, o governo decidiu tomar medidas para reduzir o número de vítimas desses golpes.
Cresce o números de golpes virtuais
Em agosto, o Governo Federal, juntamente com bancos e redes sociais, planeja formar uma força-tarefa para criar um relatório com sugestões de políticas públicas destinadas a combater os golpes contra idosos no Brasil. A quantidade de denúncias de violência contra idosos, incluindo a patrimonial, aumentou em 47% somente no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O ministro Silvio Almeida, responsável pela pasta dos Direitos Humanos e da Cidadania, lidera essa iniciativa. De acordo com os dados do ministério, só entre janeiro e julho deste ano, foram registradas cerca de 65.331 denúncias no Disque 100 relacionadas a violência doméstica contra idosos. No mesmo período do ano anterior, o número de denúncias foi de 44.458.
Medidas de proteção
Diante dessa situação, tornou-se essencial promover políticas públicas que protejam esses cidadãos. Participam dessa iniciativa entidades como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Meta (empresa responsável por aplicativos como o Facebook e Instagram) e os ministérios dos Direitos Humanos e da Previdência Social, sob a liderança de Carlos Lupi.
Os crimes virtuais estão aumentando cada vez mais no Brasil, afetando principalmente os idosos devido à sua falta de familiaridade com as plataformas digitais. Em 2022, o número de crimes de estelionato no país aumentou em 37,9%.
Conheça os golpes mais comuns
Entre os golpes mais comuns, destacam-se os perpetrados por meio eletrônico, com mais de 200 mil registros de vítimas nesse período. Os golpes do tipo “golpe do amor” e aqueles envolvendo o PIX são os mais frequentes. No “golpe do amor”, o golpista cria um perfil falso em aplicativos de namoro e se comunica com idosos, que acreditam estar interagindo com uma pessoa real (geralmente uma mulher). Durante a conversa, a pessoa falsa solicita fotos íntimas e, quando a vítima envia, utiliza as imagens para extorqui-la, ameaçando divulgar as fotos nas redes sociais.
É fundamental lembrar de nunca compartilhar informações financeiras nas redes sociais, pois os golpistas buscam por idosos com renda estável e aparentemente bem-sucedidos. Além disso, não envie fotos íntimas para pessoas desconhecidas, não compartilhe informações pessoais e jamais envie dinheiro para desconhecidos.